Alunos das escolas municipais correm riscos de perderem o ano letivo por conta de reformas que a Prefeitura vem realizando. A denúncia partiu do vereador Joaquim Lucena (PSB), que visitou na tarde da última quinta-feira três escolas nos bairros de Petrópolis e São Francisco, onde foi constatado que durante 180 dias os alunos ficarão em casa, sem estudar.
A escola Municipal Irmã Dulce, na comunidade São Sebastião, no bairro de Petrópolis foi encontrada pelo vereador de portas fechadas e sem placa de indicação, o que provocou duvidas sobre as informações colhidas por ele. O mesmo aconteceu na escola Municipal Tereza Rosa Aguiar Abtibol, no bairro de São Francisco, que também se encontrava nas mesmas condições. Para Lucena a Prefeitura dá um mau exemplo, não identificando as obras que realiza na cidade. “A população precisa saber que empresa é a responsável pela obra, quanto irá se gastar e principalmente o tempo de duração”, observou.
Das escolas visitadas, a única na qual havia placa de identificação era a Ana Mota Braga, também no bairro de Petrópolis. Segundo uma funcionária da escola, que não quis se identificar, a reforma acontece para acabar com o problema das goteiras nas salas de aula e também para reforçar a segurança, já que os assaltos são frequentes.
Joaquim, que é agora o Presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, questionou as obras em pleno período letivo, quando a Prefeitura teve todo o mês de janeiro para reformar as escolas. “O prefeito não gosta mesmo dessa cidade e de quem mora nela. O que ele está fazendo com essas crianças é uma crueldade”, salientou.
No final da visita, Lucena se reuniu com algumas mães que, preocupadas pediram a ele uma solução para o problema, já que não é a primeira vez que as crianças perdem o ano.
Da assessoria do vereador Joaquim Lucena.