Visitei Tefé, no Médio Solimões, sexta-feira (16/04), convidado a participar da 12ª sessão itinerante da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Trata-se de bela iniciativa do presidente da Casa, Belarmino Lins, e seus companheiros, que reuniu representantes do Governo do Estado e do Judiciário. Dos 24 deputados estaduais estavam presentes 19 ou 20, com todos os partidos representados e um clima muito bom, onde se respirou democracia.
Confraternizei com os deputados. Fiquei, ouvi e falei.
Não se tratou de um falatório parlamentar, com o povo sentado ao fundo, ouvindo, mas comunitários, vereadores e prefeitos tiveram também a oportunidade de expor suas angústias e os problemas mais urgentes que enfrentam. Estiveram presentes os prefeitos de Tefé, Sidônio Gonçalves, grande gestor que governou o município com recursos próprios; de Jutaí, Asclepíades Souza; de Fonte Boa, Antônio Adeval; de Uairini, Francisco Togo; de Alvarães, Mário Litaiff; de Maraã, Dilmar Ávila; de Japurá, Raimundo Guedes, todos eles queridos amigos meus.
Entendo que as Organizações Não-Governamentais (ONGs), o chamado terceiro setor, têm um papel relevante na audiência ao povo, mas não o de substituir o parlamento. As casas legislativas não podem ficar alienadas das verdades do povo.
Espero que se constitua uma ata dos trabalhos bem feita, detalhada, com encaminhamento das reivindicações, a quem de direito, de maneira organizada. Tomara que, de fato, a Aleam possa dar uma satisfação positiva às pessoas que depositaram suas esperanças nesse encontro.
Iniciativas como essa, ajudam a preencher o danoso vácuo amazonense capital-interior, resultado do defeito de termos constituído, historicamente, uma capital-Estado.
Em meio a tantas medidas de grande porte, com obras infraestruturais que visam preparar Manaus para a Copa do Mundo de 2014, corremos o risco de aumentar ainda mais esse fosso. Nenhuma cidade do interior amazonense tem sequer um tomógrafo, disponível na Medicina há mais de dez anos.
As ONGs, os prefeitos e os próprios moradores vão se bater, reivindicar, lutar, por todos os meios disponíveis, em busca de melhorias que estão disponíveis à farta em Manaus, mas só quando a caixa de ressonância da sociedade, o Parlamento, a Assembléia Legislativa, tiver clareza da necessidade do que pedem é que haverá força para alcançar os objetivos. Se não tem tomógrafo, menos ainda neurologista. E repete-se a história do cachorro correndo atrás do próprio rabo.
O maior desafio do Amazonas é utilizar com sabedoria o enorme potencial que a natureza nos dá. E esse “armazém” não é a capital ou seus arredores. Não é aí que estão os maiores mananciais, mas na terra do caboclo, nos locais onde a população rareia e os recursos naturais estão mais preservados. É por isso que o interior é solução e não problema.
Reconheço que a instalação de campi da UEA e da Ufam no interior têm contribuído para a conscientização popular. Sei que isso renderá frutos, em médio e longo prazos. Continua pendente, porém, a intermediação interior-capital, papel que cabe à Assembléia Legislativa e que pode ser preenchido por iniciativas como a da Assembléia Itinerante.
Tefé viu e aprovou. Que haja mais, muito mais.
* Líder do PSDB no Senado
Demagogia com hipocrisia dá em falta de vergonha e em deboche à inteligência do contribuinte.
Não teria sido a oportunidade do senador Arthur Virgilio Neto (PSDB-AM) ter cobrado dos parlamentares estaduais pronunciamentos sobre as denúncias contra o governador Eduardo Braga (PMDB) feitas por ele, por Arthur Virgilo Neto?
Para agir, os parlamentares não precisam fazer caravanas às custas do contribuinte.
Na lata, nos fatos, essas marmotas são puras farras com o dinheiro público e campanha eleitoreira.
nossa, sinto o amazonas bombando com esta acao!!!