A advogada-geral da União, Grace Mendonça, reúne-se nesta 2ª feira (30.out.2017), às 14h, com representantes do grupo de trabalho (bancos públicos, Anatel, Fazenda e Tesouro Nacional) que discute alternativas para a dívida bilionária da Oi.
No encontro, na sede da AGU, o governo deve bater o martelo sobre proposta da pasta para a recuperação judicial da tele carioca. O texto será levado para a avaliação da Assembleia de Credores, marcada para 10 de novembro.
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O grupo criado pelo presidente Michel Temer estruturou uma minuta com possíveis soluções para as dívidas da operadora, que somam R$ 65 bilhões. O débito da Oi com a Anatel soma R$ 11 bilhões, sendo a agência a maior credora individual da companhia.
A AGU afastou a possibilidade de intervenção na empresa. Um eventual colapso da Oi poderia colocar 2.051 municípios em risco de sofrer 1 “caladão” –apagão imediato de serviços de telefonia e internet.
O Poder360 elaborou um infográfico infográfico com o histórico da companhia até o seu estado falimentar:
linha do tempo: da Supertele nacional à caloteira
1998 – Criação da Telemar (atuação em 64% do território nacional) e da Brasil Telecom (atuação em 30% do território brasileiro), após privatização da Telebrás
2001 – As 16 empresas que integravam a Telemar, cada uma em 1 estado, foram integradas
Serviço de telefonia fixa chegou a todas as localidades com mais de 600 mil habitantes
2002 – Criação da Oi, para representar os serviços de telefonia móvel. No primeiro ano, a marca alcançou 1,4 milhão de clientes
2004 – Líder em telefonia móvel, com 5 milhões de clientes
Brasil Telecom assumiu a liderança no mercado de internet
2006 – Primeira empresa brasileira a fornecer serviços de telecomunicações na estação na Antártica Comandante Ferraz, na Antártica.
2007 – A Oi se tornou a única marca da companhia para todos os serviços
A empresa obteve grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch Rating’s
2008 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que modificava o Plano Geral de Outorgas (PGO) para tornar legal a fusão entre Oi e Brasil Telecom. Antes, pela legislação, operadoras de telefonia fixa só podiam operar na área de concessão concedida em 1998, quando a Telebrás foi privatizada.
2009 – Assumiu o controle da Brasil Telecom, patrocinada pelo governo federal, com apoio do BNDES e fundos de pensão das estatais. Mas, no meio do processo, a Oi encontrou passivos equivalentes a 6 bilhões de reais que nunca foram reportados pela empresa em seus balanços.
“Supertele” nacional: a fusão criou uma operadora de receita bruta anual de R$ 41 bilhões, 22 milhões de telefones fixos e quase 30 milhões de celulares.
2012 – As ações da Oi S.A. começaram a ser negociadas na Bovespa e na Bolsa de Nova York
2013 – Faltando pouco para a fusão com a Portugal Telecom e a criação da CorpCo, o que seria a gigante multinacional das telecomunicações, mais um problema para a Oi. A operadora portuguesa comprou 897 milhões de euros (2,7 bilhões de reais, na época) em papéis de dívida do Banco Espírito Santo, o maior banco de Portugal, sem avisar os sócios brasileiros. O calote do banco, que não cumpriu o acordo, esvaziou os cofres da tele carioca.
2014 – Forneceu e patrocinou a infraestrutura para a Copa do Mundo no Brasil
Inauguração da rede de fibra ótica no Amapá: operadora se tornou a primeira a cobrir 100% dos estados brasileiros com a tecnologia
Venda dos Ativos da Portugal Telecom para a Altice por 7,4 bilhões de euros
2015 – Cobertura 4G em 133 municípios
2016 – Lançamento da cobertura 4G em mais 151 municípios do país, chegando a 284 cidades em 27 estados com essa tecnologia.
Líder no hemisfério sul: 2 milhões de pontos de acesso à rede Oi WiFi
Pedido de Recuperação Judicial em 20 de junho, com dívidas que somam R$ 65 bilhões