Ao final, a passagem foi reajustada para R$ 1,80, as empresas assumiram o compromisso de renovar 20% da frota e a Prefeitura de buscar reverter a proibição judicial para a implantação da bilhetagem eletrônica.
De imediato, o reajuste foi questionado pelo Ministério Público, que obteve uma liminar suspendendo-o e a pancadaria dos programas sensacionalistas e de um determinado jornal, que havia sido fundado com o exclusivo objetivo de fazer campanha eleitoral em favor de certo candidato, foi intensa.
Essa pendência judicial acabou no STJ, que confirmou que a Prefeitura tinha feito tudo corretamente.
Nessa mesma oportunidade, foi implantada a “domingueira”, ou seja, aos domingos passou a ser meia passagem para todos. No primeiro momento, essa diferença foi bancada mediante um encontro de contas de débitos que as empresas tinham com a EMTU e a própria Prefeitura, pois já que a Prefeitura dificilmente iria receber, era melhor reverter em favor da população.
Na seqüência obtivemos importante vitória na Justiça ao liberar a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica. A etapa seguinte foi o PASSAFÁCIL com três cartões distintos: o TRABALHADOR, o ESTUDANTE e o CIDADÃO.
Esse sistema trouxe várias vantagens, tais como:
- Transparência total, ao permitir o acesso online a todos os dados do sistema como número de passageiros, separados por tipo de tarifa, de ônibus em circulação, enfim todas as informações gerenciais;
- Garantia do direito dos trabalhadores ao vale-transporte;
- Garantia aos estudantes quanto a meia passagem;
- Assegurar ao cidadão o uso do cartão;
- Atender as exigências dos fabricantes de veículos e bancos que condicionam à venda de novos ônibus a existência do sistema informatizado;
- Abrir o caminho para a implantação da integração temporal.
Com os dados em um sistema informatizado, disponibilizei senhas para o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e TODOS os vereadores que passaram a ter livre acesso a todos os dados.
O interessante é que alguns vereadores de vez em quando falavam em caixa preta do sistema, quando eles dispunham da senha para acessar todos os dados e, exatamente esses, NÃO ACESSAVAM o sistema. Aliás, poucos vereadores usaram.