Quando a crise começou, o Presidente Lula procurou tranquilizar a todos. Disse que a crise não era nossa, era do Bush. “Pô, Bush, resolve a tua crise”, disse ele, para, em seguida, dizer que a crise não passaria de uma marolinha.
É óbvio que o governante não pode gerar pânico, mas ao lado de passar tranquilidade, precisa agir. E o Governo demorou a agir. Levou seis meses para cortar os juros, coisa que os demais governos fizeram imediatamente.
Hoje não há quem desconheça que a crise também é nossa. Até porque no mundo globalizado todos estão dentro do mesmo balaio. Os efeitos da crise no Brasil serão menores do que nos Estados Unidos, mas, serão perversos. Foram mais de 700.000 empregos perdidos nos últimos seis meses.
Em economia, a desgraça vem rápida. Já a recuperação é lenta, acontece devagar.
A arrecadação federal vem caindo, acenderam-se as luzes amarelas. Nos próximos dias, está previsto o anúncio pelo Governo do corte de 19 bilhões de reais em emendas parlamentares, bem como o adiamento do aumento dos servidores federais que terá, ou teria, um impacto de 29 bilhões de reais ao ano.
Por aqui, os efeitos da crise já começam a assustar, embora sejam menores do que em outros estados brasileiros.
Esse negócio de demorar a decidir parece que contamina todo e qualquer Governante, seja na esfera Federal, Estadual ou Municipal. Tudo bem, pois depois que o Governante perde e volta para a oposição tudo parece ficar mais fácil. É mais fácil ser pedra.
O grande problema das crises é que nelas os oportunistas mostram a cara rapidamente. No caso dessa crise, muito empresários oportunistas estão cortando mais empregos do que deveriam, pois lucraram muito nos anos anteriores.
Quanto aos juros, temos um funcionário dos bancos tomando conta do Banco Central. Isso já diz tudo!