Noticiam os jornais que 25.000 empresas estão funcionando em Manaus sem Alvará de Funcionamento, ou seja, ao arrepio da lei. Não poderiam estar abertas. O número é alarmante, pois se considerarmos que uma pela outra, em média, tenha dois sócios, estamos falando de 50.000 pessoas, público suficiente para transbordar a ARENA DA AMAZONIA. Por que seria, então, que isso estaria ocorrendo?
A primeira ideia é a de que teríamos uma cidade de sonegadores e descumpridores da lei, mas o número exagerado nos faz excluir essa hipótese. Existe outra mais razoável: a burocracia que assola o Brasil, em especial, Manaus.
Sobre o assunto tenho ouvido depoimentos assustadores de contabilistas, contadores, despachantes e empresários sobre a burocracia que contamina o ambiente de negócios e joga na informalidade milhares de empresas e de pessoas que não estão lá porque querem, mas porque são induzidas pelo próprio setor público.
Além das regras complexas, feitas para ninguém cumprir, ainda existem chefes de repartições que vivem o mundo da fantasia e julgam-se imperadores criando regras as mais absurdas para aumentar as dificuldades. Coisas do tipo: não se recebe documentos complementares nas terças e quintas. Só nas segundas, quartas e sextas, e até o meio-dia. O resultado não podia ser outro: 25.000 empresas na informalidade.
Diante desse quadro, o que fazer? A meu ver, a crise nos dá a oportunidade para quebrar paradigmas, romper barreiras e mudar mentalidades, exigindo para tal a mobilização de todos no sentido de tornar as coisas mais racionais e lógicas. Vamos em frente.