De ACRÍTICA.COM:
O velório será realizado na Funerária Almir Neves, no Centro de Manaus, a partir das 19h deste sábado
Morreu na tarde deste sábado (2) o colunista social e servidor público do Estado Júlio César Seixas, vítima de câncer, aos 72 anos. César Seixas trabalhou em A Crítica e outros periódicos do Amazonas. O velório será realizado na Funerária Almir Neves, na rua Monsenhor Coutinho, Centro de Manaus, a partir das 19h deste sábado. Em nota, o Governo do Amazonas lamentou o falecimento de César, que colaborador do cerimonial do governo estadual há mais de uma década. “Profissional dedicado, César tinha 72 anos e era um dos mais gabaritados funcionários do cerimonial do governo”, ressalta trecho da nota. “O Governo do Estado lamenta o falecimento de César Seixas e externa sua solidariedade aos familiares e amigos neste momento de profunda dor”, completa o texto oficial. Como colunista social e cerimonialista, César deu sua contribuição para a época dos grandes bailes carnavalescos em Manaus, promovendo os bailes do Pierrot e dos Ciganos, no Tropical Hotel e no Atlético Rio Negro Clube. “Ia a todos os Carnavais, em todos os clubes”, frisava Seixas, que nasceu em uma véspera de Carnaval. Em uma de suas últimas postagens no Facebook, no dia 23 de fevereiro, César expressou a felicidade pela passagem do seu aniversário, comemorado no dia anterior, e refletiu sobre a vida.
Confira na íntegra:
O MEU ANIVERSÁRIO
Ontem deveria ter sido um dia só de felicidade, de alegria. E foi. Senti-me feliz por estar vivo, senti alegria pelo mesmo motivo, e agradeço a Deus por isso ser motivo. Aniversário significa que mais um ano se passou. Se somos crianças queremos muitos porque nos dão presentes e nos fazem festas. Se somos adolescentes queremos mais para nos sentirmos adultos. Se somos adultos estamos na maior euforia porque finalmente nos sentimos homens ou mulheres. Os anos passam e ai começamos a pensar na velhice .Não me considero velho, até porque para mim isso não existe, existe sim pessoas que viveram muitos anos o que provoca desgaste. Mas no dia de ontem em que mais um ano passou na minha vida me senti feliz e alegre por aquilo que já vivi, pelas pessoas que conheci, pelos amigos que tenho. Não foi surpresa receber milhares – de verdade, milhares de mensagens via postagens no face, in box, e-mails, whats, telefones…cheguei a contar e responder mais de duas mil e trezentas. Parei!!! Cada minuto, cada hora soma para mais um aniversário e espero estar por aqui no próximo ano para que tudo isso se repita. Amigos, não muito a dizer mas muito a agradecer. OBRIGADO, OBRIGADO, OBRIGADO por tudo!!! DEUS comigo e com vocês. SEMPRE!
Em fevereiro de 2015, ele concedeu entrevista para A Crítica. Confira:
Como começou sua história no Carnaval?
Começou no berço: nasci num mês de fevereiro, numa Segunda-feira Gorda. A partir dos 6 ou 7 anos, ia a todos os bailes, e fantasiado. Fui cigano, pirata, palhaço, havaiano, príncipe, pierrot, toureiro. Usei e abusei dos trajes carnavalescos, mas sempre discreto, sem luxo exagerado.
Qual baile ou desfile foi o mais marcante?
Pergunta difícil. Vivi uma época de grandes Carnavais em Manaus. Ia a todos, em todos os clubes, mas marcantes mesmo eram os bailes de gala do Ideal Clube e Rio Negro Clube, pela beleza e luxo das fantasias e, principalmente, pela alegria que rolava até as 6 da manhã do outro dia.
Qual sua maior saudade dos Carnavais do passado?
O tempo passa, tudo muda, tudo tem sua época. Mas uma recordação das melhores, gravadas nas memórias dos que viveram esta euforia, é a da Banda do Mandy’s Bar. Uma folia solta, ordeira, cheia de gente amiga e conhecida… Uma festa de rua única no Carnaval da cidade.
Como comemora a folia de Momo hoje?
Acabou. A idade não me permite mais frequentar festas onde a insegurança impera, onde a violência está sempre presente. Prefiro a minha cama, meu quarto refrigeradíssimo, bons petiscos e assistir ao que está acontecendo pela televisão.