Discurso do vereador Marcelo Serafim hoje na Câmara Municipal:
O projeto de lei n˚322/2013 que trata do gabarito, ou seja, do aumento do número dos pavimentos dos prédios em Manaus foi o assunto do dia, nesta segunda-feira no plenário da Câmara. Tenho me posicionado contra este item do Plano Diretor e defendi este posicionamento na tribuna.
O aumento de quatro para oito pavimentos dos prédios, de oito para dezesseis e de dezoito para vinte e cinco andares como determina o referido artigo do Plano Diretor que ainda será analisado pela Comissão do Plano, tem por base a justificativa do lucro. O único argumento de meia dúzia de construtoras que ganham dinheiro explorando nossa cidade é o financeiro. É correto um apartamento nestas regiões nobres de Manaus ter o valor de sete a oito mil reais o metro quadrado? As casas da periferia são vendidas a partir de 15 mil reais, um dinheiro que se você comparar, paga quatro metros quadrados que corresponde a um banheiro destes prédios.
Quem defende os prédios mais altos, usa o questionável argumento de que a cidade não pode mais crescer de forma horizontal. Se for verdadeira essa teoria do presidente do Sinduscom, ele está dizendo que a invasão da Carbrás e outras, aconteceu porque nas áreas do Parque Dez e das Laranjeiras não suportavam mais o crescimento horizontal.
Se é assim, segundo esta teoria a invasão da Carbrás ocorreu porque não tem prédios com 25 andares, nestas áreas nobres, em que um apartamento custa mais de quatro milhões de reais. Com os prédios de 25 andares, certamente as pessoas teriam optado por comprar um apartamento neste locais. Ora, a maioria dos vereadores se quer tem condições de comprar estes prédios milionários.
Esta Casa terá o dever de discernir o número de andares dos prédios da nossa cidade, o chamado gabarito. Temos a obrigação e o dever de rejeitamos esse artigo do Plano Diretor que foi colocado em gestão anterior.
Atualização: A Comissão rejeitou a proposta de elevação dos gabaritos em Manaus por ONZE votos a UM. Portanto, os gabaritos continuarão a ser os atuais.
