Hoje, se estivesse entre nós, Jefferson Peres completaria 77 anos.
Eu o conheci quando entrei na Faculdade de Ciências Econômicas em 1967. Ele era professor de Economia Brasileira. A faculdade funcionava na José Paranaguá, ao lado da Polícia Militar. A Praça da Polícia era point da época, onde no intervalo das aulas, inclusive do Colégio Estadual, moças e rapazes aproveitavam para o namoro próprio da idade. Era lá, também, que estava o Clube da Madrugada, movimento de intelectuais ao qual ele pertencia como um dos mais atuantes. Em frente ao Cine Guarany, onde hoje é o Banco Itaú, era o Café do Pina, a República Livre do Pina, ponto obrigatório de professores, políticos e intelectuais.
Para nós, da nossa turma da faculdade, ele era uma referência. Tínhamos vinte anos e ele tinha trinta e cinco. Embora tivesse um semblante de sisudez, descobrimos com o passar do tempo que aquilo era, na verdade, timidez. E depois que convivemos mais, podemos conhecer o homem dócil que se escondia atrás do sisudo. Aí ele passou a ser o conselheiro, o irmão mais velho, sempre com uma palavra amiga e solidária, nos momentos difíceis, sem, contudo, deixar de repreender quando errávamos.
Foi nessa época em que ele começou a namorar a Marlídice, nossa contemporânea, só que da Faculdade de Direito. Ela morava na José Paranaguá e era comum os dois se encontrarem na Praça da Polícia. Casaram quando ele era nosso professor. Depois vieram os filhos, que sempre foram motivo de orgulho.
Jefferson sempre foi forte aos gestos. Nós, seus alunos, sabíamos o significado do seu olhar, do seu silêncio, do franzir da testa. Era conciliador e tolerante até com a irreverência do saudoso poeta Afrânio Castro, mas não tolerava o mau caráter.
Da nossa turma da faculdade eu fui um privilegiado pela convivência com Jefferson. Quando concluí o curso, freqüentava a República Livre do Pina, onde ele sempre estava. Entramos na política juntos, nos elegemos vereadores, e durante seis anos sentamos na mesma bancada. Depois ele foi para o Senado e sempre nos falávamos nos finais de semana. Quando eu ia à Brasília, ia ao Senado visitá-lo. Em 2004, foi fundamental na minha eleição para a Prefeitura. Durante a minha administração, mantínhamos contato permanente.
Neste 19 de março, o vazio da ausência e da enorme saudade. Onde quer que esteja, amigo, e sei que estás num bom lugar, porque quando por aqui andaste só fizestes o bem.
O meu abraço.
Hoje todas as estrelas brilham mais forte lá no céu para parabenizar uma estrela especial JEFFERSON PÉRES. Ele que foi paraninfo da minha turma de formatura ADM/96 da UFAM. Não foi por acaso que nós o escolhemos para receber grandiosa homenagem. Nos orgulhamos de por nos ter representado tão bem no SENADO, sentimos sim sua falta. Que Deus o tenha e o guarde com muito amor.
O Senador Jefferson Péres era um grande senador e personalidade que lutava pela nossa região, especialmente pelo Amazonas.
Quanta falta faz o nobre Senador Jefferson Peres nestes tempos de desmandos no Senado dominados pelos Sarney , Renan e Collor entre outras figuras, que estão transformando o parlamento numa usina de escândalos.
Quanta falta fez na Campanha do Prefeito Serafim , não que fosse mudar o resultado , pois Ele Próprio vaticinou que o tipo de gestão responsável do Serafim tinha pouco apelo eleitoreiro…Mas seria mais um a lutar do lado dos Bons…
Quanta falta faz sua autoridade moral , seus protestos e o imenso prestígio que detinha que o transformaram numa figura de dimensão nacional…
Era nosso Orgulho!
Que descanse em Bom Lugar.
O GRANDE JEFFERSON PÉRES era um homem de uma personalidade impar, com um caracter de IMPRESSIONAR qualquer um, sempre e até no fim de sua vida lutou pelos direitos da nossa tão querida Amazônia. Um símbolo que jamais será esquecido, saudadessssss………….
Um exemplo de político. Quando falava, era que nem o Uirapuru com seu canto, todos calavam pra prestar atenção. Esse Senador Jefferson Péres que se foi, realmente foi e sempre será orgulho pros amazonenses.
Parabéns Senador e pra toda a sua família.
2008 foi para mim um ano de perdas irreparáveis. Primeiro meu pai, depois o Professor e Senador Jefferson Peres. Para mim, os maiores exemplos de honra e de ética, na vida privada e na vida pública. Saudades.
Serafim,
Não foi por acaso que o Senador Peres, na véspera de falecer, me falou de uma maneira serena,coerente e decidida que iria caminhar ao seu lado na eleição de outubro de 2008.
Neste 19 de março, voce foi o único político que se lembrou dele, não só escrevendo em seu blog como orando ao lado da família, que discretamente , sem publicidade,mandou celebrar missa pela passagem do seu aniversário.