Em tribuna popular realizada esta manhã (17), no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), que discutiu sobre o transporte executivo da cidade, o vereador Elias Emanuel (PSB), voltou a criticar as recentes declarações do Executivo Municipal a respeito deste sistema. Na avaliação do parlamentar, que é líder da oposição na Casa, se o transporte executivo está “bagunçado” não é por causa dos cooperados e sim do gestor municipal que está à frente da administração de Manaus.
Ele criticou a postura do prefeito Amazonino Mendes, que tem declarado publicamente que esse serviço vai ser reduzido em número de veículos, após licitação do setor, dos atuais 265 para 50 microônibus. O prefeito também tem sinalizado que o caminho do executivo é ser extinto no sistema de transporte de passageiros da cidade. “O prefeito rasga a lei municipal que ele mesmo criou”, chamou a atenção o parlamentar à lei 1361 de 21 de julho de 2009, de autoria da prefeitura, em que cria essa modalidade de transporte de passageiros em Manaus.
A lei, que foi regulamentada pelo Executivo em outubro do mesmo ano, ainda não foi colocada em prática pela prefeitura. De acordo com a matéria, os cooperados do sistema teriam que se submeter a uma licitação, onde seria contratado o equivalente a 10% da frota convencional. “O prefeito tem afirmado que a nova frota de ônibus deve chegar a 1,6 mil veículos. Isso significa que a licitação para o executivo teria que contratar 160 microônibus e não 50 como ele (Amazonino) vem afirmando”, disse Elias.
O vereador também criticou declarações do superintendente municipal de Transporte Urbano (SMTU), Marcos Cavalcante que, numa reunião fechada com cooperados, na sexta-feira passada, dia 12, coagiu os microempresários a firmar contrato com as extintas Eucatur e Vitória Régia, para alugar mais de 40 microônibus ano 2011, que deverão ser utilizados no sistema Transporta, programa social da prefeitura que disponibiliza veículos para transportar doentes físicos, a fim de que realizem seus respectivos tratamentos médicos. Segundo ordem de Cavalcante, o contrato teria que ser assinado no dia de hoje (17), sob pena de os cooperados serem retirados do sistema.