A Folha de S.Paulo publica hoje um editorial repetindo afirmação de O Estado de S.Paulo ontem, de que José Dirceu “mantém sob sua esfera de influência o FUNCEF, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, com um patrimônio de R$ 33,4 bilhões”.
O Folhão repete declarações do presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, sobre uma suposta disputa pelo controle do fundo de pensão Real Grandeza, de Furnas, ou da própria direção da estatal.
De acordo com um trecho do editorial, Jefferson “declarou na última semana que o interesse de seu partido em Furnas foi o que desencadeou sua investida contra o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, e a denúncia do esquema do mensalão “.
São acusações a que já respondi com os devidos esclarecimentos, publicadas e republicadas, sem quaisquer provas ou indícios contra mim. Nada mais irreal e fantasioso.
Não tenho nenhum poder de decisão sobre fundos
Não mantenho nada, nenhum poder de decisão sobre fundos ou cargos no governo Lula. Estou há 4 anos fora do governo e não há nada, nenhuma prova ou indício de que tenho qualquer influência sobre a gestão da Fundação dos Economiários Federais (FUNCEF).
Os fatos que deram origem ao chamado mensalão estão sub-júdice e não há nada nos autos do processo, nas CPIs, investigações, inquéritos e processos que me vincule à Furnas ou à sua Fundação Real Grandeza.
Assim, tanto a matéria do Estadão, quanto esse editorial do Folhão e as declarações de Jefferson, carecem de verossimilhança, não se apóiam em fatos, em provas materiais ou sequer em indícios.
São acusações políticas, nada além disso. E tem mais: fui absolvido até agora em todas as investigações, inclusive CPIs, inquéritos e processos já concluídos e aguardo com ansiedade e esperança que o Supremo Tribunal Federal julgue o mais rápido possível o chamado processo do mensalão.
No fundo as matérias dos dois jornais repetem a tentativa vã de me manter interditado, como se fosse um morto-vivo, fora da vida política e institucional brasileira. Da mesma forma como fez comigo a ditadura militar que cassou minha nacionalidade e me baniu do Brasil, também em vão, já que menos de dois anos depois, em 1971, eu já estava de volta clandestino, lutando dentro do país.